Áreas do Direito em alta em 2024: desbrave o futuro jurídico

Descubra as áreas do direito em alta ao longo de 2024 e prepare-se com ferramentas para facilitar a rotina da advocacia

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Com mais de 1,4 milhões de advogados inscritos na OAB, o Brasil é o segundo no ranking mundial em números absolutos, atrás apenas da Índia com mais de 2 milhões. Porém, quando o assunto é a taxa relativa à população, o país lidera isolado com um advogado para cada 145 habitantes. 

Além disso, somando os estudantes universitários, de todas as universidades e instituições de ensino superior, sejam públicas ou privadas, do território nacional, devidamente cadastradas e aprovadas pelo Ministério da Educação, 49% são do Direito.

E por fim, a média de bacharéis em Direito que foram aprovados nos últimos cinco exames da Ordem dão conta de que sejam cerca de 300 mil novos advogados ao ano aptos a exercer a profissão. O número é ainda mais assustador ao saber que a média de aprovação é de 23,11%.

Mas por que estamos trazendo esses dados? Porque o mercado do Direito está cada vez mais competitivo, sobretudo no Brasil. E para ajudar advogados a desbravar um novo futuro jurídico em suas carreiras vamos falar sobre as áreas do Direito em alta em 2024.

Por que existem tantos advogados no Brasil?

Segundo a secretária-geral da OAB do Brasil, Sayuri Otoni, a alta taxa de advogados no país pode ser explicada por três pontos principais:

  • Uma cultura elitista da profissão.
  • Alta demanda judicial que estimula o excesso de ações.
  • Facilidade de acesso aos cursos de Direito.

Sayuri destaca o último aspecto. Segundo ela, o baixo custo dos cursos de Direito e a pressão das universidades por condições mais precárias do bacharelado, absorvendo cada vez mais acadêmicos, contribuem para a alta taxa de advogados por ano no mercado.  

“Não fosse o exame da Ordem para, efetivamente, verificar as condições para este profissional adentrar o mercado de trabalho (…) o número seria muito maior do que a gente vê apresentado hoje”, afirma a secretária-geral da OAB.

Já não basta seguir os princípios gerais do Direito

Toda essa profusão de advogados a cada ano faz com que os profissionais precisem se destacar. E aí já não basta ser bom na advocacia propriamente dita. Hoje, é consenso entre especialistas e referências do mercado que é necessário investir em “soft skills”.

Soft skills são habilidades não relacionadas ao Direito mas que servem de suporte a sua prática profissional. No caso da advocacia, algumas soft skills são mais valiosas e difundidas, como o atendimento, comunicação e autopromoção, visão sistêmica e solução de conflitos.

  • Atendimento: a humanização é apontada como a grande tendência do Direito para os próximos anos. Em meio à difusão de tecnologias de suporte e Inteligência Artificial, a tendência é que um dos diferenciais do advogado do futuro seja justamente a capacidade de se conectar com as pessoas, sobretudo os clientes, e colocá-las no centro das ações.
  • Comunicação e autopromoção: trata-se do bom e velho “quem não é visto, não é lembrado”. Com todas as restrições em relação à promoção dos serviços que oferecem, os advogados precisam desenvolver cada vez mais a habilidade de se comunicar e, por consequência, se autopromover. Assim, saber usar as redes sociais, ter boa escrita, linguagem acessível e desenvoltura em frente às câmeras para gravação de vídeos é um diferencial interessante e tudo indica que continuará sendo. 
  • Visão sistêmica: habilidade muito valorizada em médios e grandes escritórios, a visão sistêmica implica na capacidade do advogado analisar o cenário que o cerca e tomar decisões adequadas a essa realidade. 
  • Solução de conflitos: essa soft skill é tão inerente à profissão que devia ser ensinada na academia. Todo bom advogado deve ser capaz de mediar situações adversas, tratando as partes envolvidas com humildade e sem hostilidade.

Além do investimento em soft skills, o grande número de bacharéis provocou a abertura de novos mercados e possibilidades de atuação, como também destacou a secretária-geral da OAB: 

“Por outro lado, temos um mercado emergente com novas visões de aplicação do Direito, como trabalhos de conciliação, orientação, trabalho de mediação, e o próprio trabalho preventivo”.

Ou seja, quanto maior a concorrência, mais possibilidades são criadas no mercado para conseguir absorver tantos profissionais. E muitas dessas possibilidades fogem da advocacia tradicional. 

Quais as mais promissoras entre todas as áreas do Direito?

Você que nos acompanhou até aqui deve estar pensando que vamos ficar em cima do muro quanto às melhores e mais promissoras áreas do Direito em 2024. 

Mas a grata surpresa é que, com base em fatos e análises, vamos trazer aqui algumas das áreas que estarão em alta, pelo menos no Brasil, e vale a pena observar se estiver começando ou pensando em abrir novos horizontes na advocacia:

  • Direito Tributário: serão pelo menos 26 grandes casos tributários julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2024. Dentre eles, as disputas em torno das contribuições de PIS e Cofins, que são recordistas de judicialização no país e poderão ser extintas com a reforma tributária. Falando em reforma tributária, ela é também uma boa razão para que o Direito Tributário seja uma das áreas do Direito em alta em 2024, tendo em vista a alta demanda que deve se criar (ou renovar) por especialistas.
  • Direito Previdenciário: adiada mais uma vez, a Revisão da Vida Toda deve ser pauta definitivamente em 2024, também no STF. E, se aprovada, promete gerar uma enxurrada de ações previdenciárias nesse sentido. São ações relativamente simples e com alta taxa de retorno pelo volume e valores envolvidos. 
  • Proteção de Dados: apesar de promulgada em 2022, a Lei Geral de Proteção de Dados ainda abre mercado para advogados especializados no tratamento de dados. Empresas ainda estão se adaptando e percebendo que necessitam de um setor específico para tratar e dar o devido fim aos dados de seus clientes.
  • Direito de Família: são muitas as mudanças comportamentais e de estrutura familiar que têm provocado alterações significativas no Direito de Família e aumentado a demanda por esses profissionais. Um exemplo: recentemente esteve em pauta no STF a concessão de licença maternidade para uma mãe não gestante cuja companheira engravidou via inseminação artificial. Questões assim tendem a ser cada vez mais comuns e advogados de família serão cada vez mais requisitados.
  • ESG: sigla para Environmental, Social and Governance, o ESG está relacionado às práticas de governança ambiental, social e corporativa. Com preocupação institucionalizada acerca das alterações climáticas e sustentabilidade ambiental cada vez mais em voga, novas regulações e regulamentações devem surgir, com exigências a empresas e corporações em todo o mundo. E no Brasil não será diferente.

A tecnologia é sua aliada

Seja como ferramenta para utilizar na prática de alguma dessas áreas que você deseja se especializar, seja para automatizar processos e ganhar tempo enquanto se especializa, a tecnologia é sua aliada. Aliás, esta é uma das tendências do Direito não só em 2024, mas nos próximos anos.

Automatizar processos gerenciais e microtarefas não relacionadas à advocacia é um dos primeiros passos para estar à frente da concorrência. 

Enquanto alguns advogados gastam horas ou muito dinheiro em cálculos jurídicos e/ou buscando informações da contraparte para anexar a um processo, você pode focar em qualificação, especialização, atendimento, autopromoção e tantos outros aspectos abordados aqui. 

E a melhor maneira de fazer isso é com Jusfy, uma plataforma de ferramentas jurídicas ajustadas às necessidades do advogado moderno. São calculadoras, buscadores, bancos de documentos jurídicos, assinatura eletrônica, e até mesmo um ambiente de captação de clientes.

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